Texto por: Abrahão Crispim Filho
Um comportamento que vejo muito em certas análises de conjuntura é confundir o que você acha que deve acontecer, o que seria o melhor para acontecer, e o que você realmente acha que vai acontecer. Isso não significa retirar a vontade, a ideia de projeto, da análise da história. Muito pelo contrário, para garantir a eficácia de um projeto é preciso conhecer bem o terreno onde se pisa.
O que vejo em certos grupos de esquerda (notadamente ttostkistas) é que sempre fazem leituras triunfalistas e reconhecer a adversidade passa a ser sinônimo de capitulação. Para agitação e propaganda, esse tipo de prática faz um bem danado. Para a luta concreta, entretanto, é uma desgraça.
Curiosamente, essa também é uma atitude que se tornou padrão no lulo-petismo. A realidade virou uma mera projeção do desejo. Nesse caso, creio trata-se do resultado de um trauma. O lulo-petismo está na fase da negação, que os psicólogos conhecem tão bem.