Da redação / foto divulgação
Demorou seis dias, não mais. O governo libanês renunciou coletivamente após ficar claro que a explosão do último dia 4 ocorreu por inépcia crassa. Ao todo, morreram mais de 150 pessoas, seis mil se feriram e centenas de milhares ficaram sem moradia. No anúncio, feito pelo premiê Hassan Diab, ele afirmou que continuará no comando do Executivo enquanto o Parlamento se reúne com o presidente para escolher o novo gabinete. Diab não chegou a ficar um ano no cargo — seu antecessor, Saad Hariri, havia renunciado em outubro. (New York Times)
Embora as 2.750 toneladas de explosivo estivessem já há anos armazenadas no porto, o governo foi alertado em julho de que sua manutenção na capital poderia causar uma explosão de grande porte. O comitê que analisou a situação foi nomeado pelo próprio governo de Hassan Diab, em janeiro. (Reuters)
O anúncio de Diab, feito pela TV, teve tons de drama. De acordo com ele, a explosão é fruto de um processo de corrupção que vai além do governo e contaminou a sociedade libanesa. A opinião é compartilhada por boa parte da sociedade, que nos últimos dias foi em massa às ruas para exigir a renúncia. (Al Jazeera)